Os pés que caminham sobre a nuvem, lentos, sentem cócegas com os afagos de algodão. Os pés quaaase flutuam, tocam assim bem de levinho os alvos novelos e, tão felinos, de repente sustam o passeio. Parecem empurrar delicadamente a nuvem... Que permanece com o tecido íntegro! Trançada como fios de cabelo entre os dedos. Após repentina pausa, a misteriosa silhueta deita e, vértebra por vértebra, o corpo serpenteia, se deixando transpassar pelos afagos de algodão. Faz cócegas, penteando cada pelo, soprada por algum vento, a nuvem toca assim bem de levinho até a raiz dos cabelos, emaranhada, se entrelaça desde os dedos, dos pés que relaxam, lentos.