Era uma Casa

A casa no asfalto não me apetece
Enquanto o coração no peito apodrece
Tudo em volta sufoca e desaparece

Paredes são muros que dividem
Esfacelam sonhos que incidem
No chão frio e branco entre/cortado

O teto não é engraçado
Para um olhar enluarado
Com pé de terra calçado

A casa no mato é cura
Silêncio que o ouvido apura
Cheiro que o peito atura
Gosto da fruta pura!

A casa no asfalto não compreende
Apaga as memórias, repreende
A arte, a fuga do medo que acende.