A Fonte

Que faz o tempo, além de séculos intermináveis, horas que nunca param
E em tempos passam depressa? É a pressa, demoramos a entender
Servos das palavras, que não nos deixam dormir, acordamos
No real imaginário, da brincadeira só nos resta rir

E a fonte? Desejos que nunca secam! Moeda, dobrão de cobre é ouro
No mundo onde equilíbrio vive de cabeça pra baixo
Quer sol? Abraçaremos o fogo
Quer lua? Esse encanto tão longe

Quero nada
Escuto a entrega, deixo-me envolver
Quiçá não são fantasias
Só os desejos na fonte

Segundos demoram. Tempo, apresse seus dias
Desejo que eu te espere em meu tempo
Espero! Apressada
Sim, na fonte há prazer.