Oca, habitação típica dos povos originários do Brasil, palavra de origem tupi-guarani. É erguida coletivamente em alguns dias e possui grandes dimensões, chegando até 40 metros de comprimento, isso porque várias famílias moram numa mesma oca. Com estrutura bastante resistente, construída com bambus, troncos de árvores e coberta por folhas ou palhas, a oca representa uma tecnologia ancestral, apropriada para o clima da região, não desabando com fortes chuvas ou aquecendo demasiadamente com o calor, além de utilizar materiais orgânicos na sua confecção.
Uma oca vem sendo construída com a participação e orientação de vários(as) integrantes do NEOJIBA. Apesar de suas famílias não estarem completas ainda, dentro em breve essa oca será grande, com todos os instrumentos necessários, pois é experimentalmente pedagógica. Seu nome? Orquestra Castro Alves. Não somente por lembrar na história do Programa sua primeira morada – o importante teatro de Salvador, situado em frente à Praça Dois de Julho – mas por homenagear também um dos maiores nomes da literatura brasileira: o baiano Antônio de Castro Alves, "o poeta dos escravos", do povo, da liberdade.
A OCA sinfônica é jovem!
Como escreveu Jorge Amado:
"Seja onde for que haja jovens, corações pulsando pela humanidade, em qualquer desses corações encontrarás Castro Alves."
E no coração de Castro Alves certamente encontramos música.
Novembro de 2009
(Argumento para o "batismo" de uma das orquestras do Programa NEOJIBA)